quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sem acordo, General Motors fica à beira da concordata

A General Motors anunciou na manhã desta quarta-feira, 27, que não chegou a um acordo com seus credores para trocar títulos da dívida por participação acionária na empresa, em valor que chegava a US$ 27 bilhões. Com isso, a montadora deverá entrar concordata na segunda-feira, 1º, segundo informações do New York Times.

Isso porque a reestruturação da dívida era uma das condições impostas pelo Tesouro norte-americano para evitar essa situação. A data-limite para o efeito é na próxima segunda-feira, 1º de junho.
Caso isso ocorra, ainda segundo o NYT, seria formada uma "nova General Motors", com 70% do controle nas mãos do governo dos

Estados Unidos, além de injeção de US$ 50 bilhões para ajudar a montadora se reorganizar. O sindicato United Auto Workers (UAW) controlaria pelo menos 17,5% da companhia, enquanto os detentores de bônus da GM receberão 10%. O UAW, com quem a montadora possui uma dívida de US$ 20 bilhões, também receberia US$ 2,5 bilhões em papéis da nova companhia e US$ 6,5 bilhões em ações.

A companhia afirmou que a firma que surgir do processo de reestruturação seria formada só pelas marcas Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC, com níveis de produção muito inferiores.

Na Alemanha, o conselho de administração da Opel anunciou hoje, 27, a transferência das fábricas europeias, além de direitos e patentes da General Motors norte-americana para a alemã Adam Opel AG, condição prévia para vender a marca alemã. Com isso, a Adam Opel GmbH não terá dívidas e poderá criar uma parceria com um investidor. A Opel havia sido adquirida há 80 anos, durante a crise causada pelo crash da Bolsa em 1929.


No Brasil, há alguns dias foi anunciado o interesse da italiana Fiat sobre as atividades da GM, como parte da proposta de comprar a Opel. Nenhuma das empresas comentou o assunto.