segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dinheiro não é tudo, mas brasileiro gostaria de mais tempo para ganhá-lo


SÃO PAULO - Dizem que ele não traz felicidade, que não resolve todos os problemas e não é a coisa mais importante na vida. Clichês à parte, a preocupação do consumidor brasileiro do século XXI com o dinheiro, à primeira vista, confirma o que dizem alguns conhecidos ditados e aparece apenas no quarto lugar de uma lista contendo aquilo que é capaz de fazer as pessoas felizes.
Pesquisa realizada pelo Ibope para traçar o perfil do consumidor da atualidade mostra que, para a maioria dos consumidores, a premissa da felicidade é estar "em paz com a família". Em seguida, os brasileiros entrevistados citaram a perfeita saúde como fator que os faz felizes.
Os campos profissional e material aparecem nos dois últimos lugares. "Realizar-se profissionalmente" ocupa a terceira posição da lista e, em quarto lugar, "ter mais dinheiro do que hoje".
Tempo é dinheiro?
Os valor mais importante para essa nova classe de consumidores é o tempo. Para 56% dos entrevistados pelo Ibope, a forma como gastam seu tempo é mais importante do que a quantidade de dinheiro que ganham.
Entretanto, quando se trata de questões subjetivas como felicidade e valores, é difícil chegar a um consenso e, freqüentemente, podem aparecer contradições: segundo a pesquisa, a melhor medida de sucesso para 44% dos participantes é o dinheiro.
Tempo para ganhar dinheiro
Muitos consumidores estão preocupados com a manutenção de seu padrão de vida. No caso dos habitantes de Porto Alegre, por exemplo, 83% dos entrevistados não estão dispostos a trabalhar menos caso isso signifique abrir mão de seu conforto.
Em cidades como Recife e Salvador, os consumidores estão mais dispostos a sacrificarem o tempo com a família para progredirem profissionalmente do que nas demais regiões (59%). Tanto em Porto Alegre quanto nas capitais nordestinas o uso do tempo pode ser até mais importante, porém ele é empregado para o ganho de dinheiro.
Tempo, com muito dinheiro
Para finalizar, mais de 30% dos que participaram da pesquisa afirmaram que, caso ganhassem na loteria, nunca mais trabalhariam e aproveitariam o presente sem preocupações com o futuro.